Título da tese:
Vocação do Exílio: psicanálise e judaísmo
Autor: Betty Bernardo Fuks
Área de Concentração: Comunicação e Cultura
Linha de Pesquisa: Comunicação e Sociedade
Orientador: Francisco Antônio de Moraes Dória
Banca examinadora:
Chaim Samuel Katz
Ieda Tucherman
Márcio Tavares D'Amaral
Financiadores: CNPq (bolsa de 36 meses)
Matrícula: 03/1992
Defesa: 12/1997
Palavras-Chave: psicanálise; errância; nomadismo.
Resumo:
O objetivo do estudo desta tese é pensar as marcas do judaísmo na psicanálise, tendo como fundamento o modo como Freud praticou e demonstrou que judeu ele era, no contexto da diáspora vienense, até seu exílio em Londres, no final de sua vida e de sua obra. Sustentou-se, a partir do que o fundador do método psicanalítico pôde reconhecer no judaísmo como tendo sido importante para a sua formação afetiva e intelectual, que as "raízes" de errância, nomadismo e exílio que marcam o judeu e a abertura para a alteridade do seu ethos ecoam, na descoberta freudiana, pelo que o próprio Freud pôde transformar desta herança que recebeu. Examinar como isso se fez permitiu pensar a psicanálise a partir de outras formas de pensamento, a que, em geral, não se está acostumado, e buscar ressignificar a letra freudiana por caminhos outros. Conclui-se que a constituição do devir judeu, da judeidade, de Freud que implicou o próprio movimento de exilar-se do seu grupo de origem, bem como das identificações dadas pelo outro sobre sua condição de judeu, fez-se conjuntamente com a invenção da psicanálise, a expressão maior deste devir. O exílio de Freud estendeu-se também ao êxodo que empreendeu para fora da ciência de seu tempo, rumo a uma nova modalidade de escuta dos fenômenos psíquicos: a leitura do inconsciente. Os ecos da tradição da interpretação no judaísmo, onde o signo ausente dá vida ao discurso, perpassam o dispositivo analítico de fazer escutar a inesgotável melodia pulsional.
Referências Bibliográficas:
Biblioteca Depositária: Escola de Comunicação / UFRJ
Volumes: 1
Páginas: 276
Idioma: Português
Contato:
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